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Proposta pedagógica

Entendemos a educação como uma possibilidade de transformação e de compromisso com um futuro possível!

Proposta pedagógica

Apresentação

A Escola Miró é uma instituição privada de educação para crianças e adolescentes que busca formar seus alunos conscientes de suas capacidades para construir uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável. Para tanto, pretendemos formar nossos alunos como pessoas críticas, autônomas, com competências diversificadas e capazes de fazer escolhas e tomar decisões frente aos desafios de uma sociedade que se pretende democrática e pluralista.

Para nós, educação é resultado de um processo coletivo e intencional de ações e vivências. Coletivo porque acreditamos e usufruímos o potencial das dinâmicas grupais, como a troca, a interação, a ajuda mútua, o respeito ao outro, as ações e empreendimentos em grupo e a certeza de que o que cada indivíduo conquista é proveniente das pontes que se constituem com o outro, e, portanto, da relação de cada um com a diversidade. Intencional porque de forma planejada buscamos promover, sob a luz das teorias socioconstrutivistas, a formação integral do aluno nas várias áreas e facetas que constituem o ser humano. Dessa maneira essa formação se dá por meio da construção de conhecimentos, dos aspectos socioafetivos (valores e atitudes) e das habilidades que vão proporcionar ao indivíduo realizar-se na sua interface com o seu contexto cultural.

E ainda, em relação ao nosso projeto educativo, buscamos ser um ambiente propositivo, estimulante e problematizador, para que os aprendizes protagonizem a aquisição e produção do seu próprio conhecimento, tendo o professor como intermediador e organizador dos planos pedagógicos e contratos didáticos, na sala de aula. Acreditamos ser esse espaço uma instância única e privilegiada para a aprendizagem, com tudo que lhe cabe: indagação, estranhamento, método, raciocínio, reflexão, ousadia, empreendimento, formação de opiniões e argumentos, construção e interiorização de regras, reflexões e validações de valores e atitudes.

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Metodologia

Nosso trabalho se constitui sobre constante espaço de reflexão e análise sobre a prática educativa. Dessa forma, ao longo do nosso processo de caminhada, consolidamos uma base de diretrizes para o trabalho, pautada em muitas referências teóricas que se transformam em prática do dia a dia, envolvendo alunos e educadores no processo de construção do conhecimento.

Nossos estudos são estruturados pela equipe pedagógica (educadores, orientadores, coordenadores e direção), para que os alunos participem ativamente da sua aprendizagem, construindo e reconstruindo o conhecimento, conforme são desafiados a mudar os seus saberes prévios e a avançar no processo de conhecer. Esse processo inclui um percurso de investigações, desenvolvimento das ideias, validação, consolidação dos conteúdos e síntese das conclusões. Buscamos fazer com que os alunos tenham prazer e responsabilidade por aprender.

Para isso, há diversas situações de aprendizagens adequadas aos diferentes tipos de conteúdos e às diferentes idades, possibilidades e competências. Assim são viabilizadas conversas, trocas, brincadeiras, jogos, desenhos, leituras, observações, experimentos, pesquisas, usos de tecnologia, estudos de campo, entrevistas, produção de textos, debates e avaliações individuais e coletivas, a fim de que possamos perceber como os alunos se apropriaram do assunto e como construíram sentido aos encaminhamentos sugeridos, para chegarem, de fato, à aquisição do novo conhecimento.

Como fator regulador das ações pedagógicas, a avaliação alia-se ao processo permanente e contínuo de ensino-aprendizagem, e, assim, faz sentido para que possamos diagnosticar, no percurso, momentos e pautas de necessidades de investimento em mais trabalho ou em propostas diferenciadas, para que alcancemos nossos objetivos e metas. Pautamos a avaliação em instrumentos diversos, de forma que professor e alunos, coerentemente acordados, possam promover aprendizagens contínuas, individuais e grupais, valorizando o processo e não o resultado. A ideia central é que, ao invés de eleição de excelências, todos possam avançar por meio dos ajustes necessários aos diferentes modos de aprender.

Currículo

Nossas concepções curriculares levam em conta conhecimentos concebidos como reais, contextualizados e valorizados socialmente, sem estereótipo cultural e com a ideia de que são dinâmicos e que não se dão como acabados e irrefutáveis.

A organização e a formalização do nosso currículo se dão desde a escolha dos conteúdos e linhas didáticas até a maneira de tratá-los, a sistematização e o registro da prática, o que configura uma documentação dos vários instrumentos curriculares de que fazemos uso (projetos, sequências, atividades permanentes, ou mais pontuais) para que, por meio de recursos conscientes e incentivadores, atinjamos nossos objetivos.

Os objetivos e metas curriculares são pautados em expectativas de aprendizagens pensadas por anos, ciclos ou até segmentos da escolaridade. Na Miró, o percurso escolar contém ciclos de aprendizagem (Educação Infantil - ciclos 1 e 2; Fundamental 1 - ciclos 3 e 4; Fundamental 2 - ciclos 5 e 6) que se dão para que possamos pensar em tempos plausíveis de construção dos saberes, pois há conhecimentos que não se completam em um ano, e, dessa forma, podem ser planejados, conforme as necessidades didáticas. Outra razão importante da divisão da escolaridade por ciclos é o fato de que podemos, assim, lidar com as várias faixas etárias e suas especificidades, com mais cuidado e aprofundamento, assim como pretendemos que o processo escolar possa ser pensado de forma menos pasteurizada e mais criteriosa.

Nosso currículo possibilita aos alunos entrarem em contato e realizarem aprendizagens de conhecimentos de naturezas variadas, sendo esses referentes a fatos, princípios, conceitos, procedimentos, atitudes, normas e valores. Esses conhecimentos se organizam levando em conta alguns aspectos importantes, como o fato de que se dão em rede, têm um processo contínuo e multifacetado, são passíveis de estabelecimento de amplas e variadas relações e generalizações e se dão em espiral, com progressões sucessivas, ao longo dos anos ou ciclos.

Nossas propostas estão sempre atreladas às circunstâncias significativas de aprendizagem, pautadas, portanto, em um tempo pedagógico que permita várias conexões e aprofundamentos, para que assim se dê o conhecimento com a qualidade de ser profundo e válido. Prezamos a atividade mental operatória e não a mera reprodução dos saberes. Cremos no esforço para a mudança e adaptação intelectual, pois só assim o conhecimento se torna real e não mecânico, treinado e temporário.

Formação em valores

Acreditamos no importante papel da escola na formação moral dos nossos alunos. Sabemos que essa formação não se dá somente na escola, mas também no âmbito familiar e em outros grupos ou contextos aos quais os alunos possam pertencer. Entendemos, porém, que a escola é um espaço privilegiado para a educação em valores, por ser uma instância dada ao coletivo e, portanto, rica em possibilidades sociais, inter-relações, buscas e construções comuns. Um primeiro entendimento que precisa ficar claro é que os princípios da escola devem ficar evidentes desde o início, esses serão balizadores de toda uma referência e formarão, conforme melhor entendidos e vivenciados, um corpo de ideias e valores para discussões e reflexões sobre as condutas e regras de convivência. Na Miró, buscamos valorizar os princípios morais da sociedade, como a cooperação, a solidariedade, a valorização da pluralidade, o respeito às diferenças, a tolerância, a equidade e a busca de ações democráticas para o consenso e para o bem comum.

Para nós, valores se aprendem e, portanto, são tratados na escola de forma intencional, como todos os outros tipos de conhecimento. Entendemos, assim, que o trabalho das concepções morais ou éticas deve estar inserido no currículo, declaradamente, e assim, contar com a postura participativa dos aprendizes. Essas práticas podem sempre trazer algo de valioso para a aprendizagem, algo que pode ser discutido, sentido, estudado, construído e inventado, o que permite que os alunos possam adquirir consciência e autonomia nas suas vivências e possam se autorregular constantemente, para se adaptarem às novas exigências que surgem de si, do outro, do grupo e do meio. Para tanto, nos ocupamos, curricularmente, em trabalhar com valores de forma transversal e pontual. Transversal quando o ambiente é sócio e moralmente ativo, de forma contínua para que nossos alunos e adultos, inseridos no processo educativo, sejam sempre convidados a refletir, evidenciando os dilemas para que os sujeitos se tornem cada vez mais conscientes das suas práticas. Pontual, à medida que, nas nossas escolhas curriculares de temas, textos e abordagens para serem tratados em sala de aula, levem os alunos a avançarem nas suas concepções sobre o que se discutiu coletivamente.

Acreditamos, ainda, que esses caminhos a percorrer só são possíveis com busca constante de harmonia, afeto e cooperatividade. Todas essas possibilidades pessoalizam os vários processos de aprendizagem, e é aí, no bom convívio com a diversidade, que cada um descobre e experimenta sua função, seu papel e sua influência no grupo. A nós, escola, cabe agir a fim de propiciar o processo para o desenvolvimento dos diferentes potenciais individuais.

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